Júlia Lopes de Almeida (1862-1934) nasceu no Rio de Janeiro. Contista, romancista, cronista e teatróloga, foi a escritora mais publicada da Primeira República brasileira. Em um período em que a participação da mulher no mercado de trabalho era algo incomum, tendo em vista o machismo imperante na sociedade, Júlia Lopes de Almeida rompeu paradigmas, seja como escritora, seja como jornalista.

Foi a única mulher a fazer parte do grupo de intelectuais que participaram do planejamento e da fundação da Academia Brasileira de Letras (ABL). Em diálogo com outras mulheres, foi uma das fundadoras da Federação Brasileira pelo Progresso Feminino, criada em 1919, cujos objetivos eram reivindicar os direitos das mulheres e discutir questões ligadas ao movimento feminista.

Suas obras discutem temas como a educação formal para mulheres, o divórcio, a violência contra a mulher, a proclamação da república, a abolição da escravatura, dentre outros.